O crédito imobiliário é um dos responsáveis por movimentar a economia do país e tem uma grande importância para as instituições financeiras de maneira geral.
Mas não é exatamente sobre isso que vamos falar neste conteúdo, nosso objetivo é trazer o outro lado da moeda: os clientes.
Vamos explicar em detalhes o que é o crédito imobiliário, como funciona, para que serve e todos os pontos que vão te ajudar a avaliar e usar esse recurso para comprar seu apartamento.
Continue a leitura e confira:
O crédito imobiliário nada mais é do que um produto/linha de crédito oferecido pelos bancos com o objetivo de facilitar a vida de quem deseja comprar, construir ou reformar um imóvel, seja ele para morar ou mesmo para abrir algum tipo de comércio.
O montante emprestado deve ser pago através de parcelas mensais. O valor dessas parcelas, o prazo, a taxa de juros e outros detalhes devem ser acordados antes da assinatura do contrato e da concessão do empréstimo.
Vale ressaltar que existe uma série de opções quando falamos em crédito imobiliário e cada banco possui seus critérios e condições definidas que normalmente vão depender da modalidade escolhida pelo cliente.
Certo, e como funciona na prática o crédito imobiliário? Na verdade o processo em si é até bem simples, se deixarmos de lado toda e qualquer questão burocrática podemos resumir assim:
Uma pessoa precisa de determinado valor para conseguir comprar, construir ou reformar um imóvel, ela vai até o banco e o solicita, após a aprovação a instituição financeira realiza o pagamento integral do valor ao vendedor e o comprador paga esse empréstimo mensalmente.
Mas é claro que acima demos uma visão bem resumida do processo. Existe uma série de etapas e documentos que devem ser lidos e assinados antes que tudo isso seja consolidado.
Além disso, o requerente do crédito imobiliário deve seguir alguns critérios básicos para que o banco aprove a concessão do valor.
Vamos citar alguns dos requisitos básicos, mas ressaltamos que tudo vai variar dependendo da instituição financeira, veja:
Além das informações acima citadas, os bancos também analisam criteriosamente a documentação do imóvel a ser comprado, construído ou mesmo reformado.
Somente após todas essas análises que o crédito imobiliário será aprovado e na sequência o requerente começará a pagar as parcelas conforme acordado no contrato.
Existem 4 tipos de financiamento disponíveis no mercado hoje, são eles:
- Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
- Sistema Financeiro Imobiliário (SFI);
- Financiamento direto pela construtora;
- Carteira hipotecária.
O financiamento direto pela construtora, como o próprio nome já diz, consiste em tomar o crédito diretamente com a empresa que está vendendo o imóvel e a carteira hipotecária é bem semelhante ao SFI.
Portanto, vamos explicar mais detalhadamente o SFH e SFI.
O Sistema Financeiro de Habitação é um programa governamental criado em 1964 para reduzir o déficit habitacional brasileiro.
E na prática seu objetivo é tornar mais fácil o acesso à moradia, principalmente, por parte das famílias com menor renda, oferecendo crédito de longo prazo com juros mais baixos.
O SFH é a modalidade mais usada no Brasil, nela é possível utilizar o FGTS para facilitar a liberação de crédito nos bancos.
Mas algumas regras devem ser seguidas, por exemplo:
- No SFH até 80% do valor do imóvel pode ser financiado, mas para usar o FGTS é preciso dispor de 10% do seu valor;
- A parcela do financiamento pode comprometer até 30% da renda mensal familiar;
- O valor do imóvel não pode ultrapassar R$1,5 milhão;
- O prazo máximo para pagamento da dívida é de 420 meses;
- Nessa modalidade o imóvel serve como a garantia do financiamento.
O Sistema Financeiro Imobiliário não é muito comum no país e acaba sendo mais utilizado pelas pessoas que não se enquadram nos critérios estabelecidos pelo SFH.
Isso acontece porque o SFI é livre de regras e permite que as instituições financeiras definem por conta própria todas as condições, incluindo o valor da taxa de juros aplicada.
Nele não é possível utilizar o FGTS como forma de pagamento e os juros acompanham as subidas e descidas da taxa Selic.
→ Leia mais aqui: Taxa Selic: o que é e porquê afeta o financiamento imobiliário
Agora que você já entendeu o contexto do crédito imobiliário, ou seja, já sabe o que é, como funciona e os principais sistemas de financiamento presentes no Brasil, vamos falar das vantagens e desvantagens de pegar esse tipo de empréstimo.
A primeira consideração a ser feita a respeito deste tópico é que normalmente as pessoas que solicitam um crédito imobiliário estão em busca de realizar um sonho: o de ter a casa própria. Então podemos dizer que essa é uma das suas principais vantagens.
Além disso, ao tomar um crédito imobiliário, a pessoa consegue usufruir imediatamente do imóvel, não sendo necessário esperar até conseguir juntar o valor total. Isso faz uma enorme diferença, principalmente para as famílias com menor renda.
Por outro lado, pensando agora nas desvantagens do processo, a pessoa que solicita um crédito imobiliário vai ter um longa dívida pela frente de mais ou menos 30/35 anos dependendo da modalidade.
E também não podemos deixar de considerar que uma operação de crédito imobiliário vai ter a incidência de juros mensal para quem solicita. Isso pode aumentar consideravelmente o valor solicitado inicialmente.
Portanto, como quase tudo na vida, solicitar um crédito imobiliário vai trazer vantagens e desvantagens, por isso, antes de efetuar a operação é preciso pensar bem se esta é a melhor decisão e também pesquisar bastante as opções que o mercado oferece.
Com toda certeza, ao ler o conteúdo até aqui, em algum momento você deve ter encontrado similaridade entre os termos crédito e financiamento imobiliário, acertamos?
E isso aconteceu porque, de fato, eles são parecidos quando inserimos a palavra “imobiliário”. O crédito imobiliário não deixa de ser uma forma de financiamento.
Agora se pegarmos os termos “crédito” e “financiamento” de forma isolada, aí a situação é um pouco diversa. O crédito é obtido de uma maneira mais rápida e pode ser usado em casos de emergência de maneira geral.
Já o financiamento costuma ser aprovado pelos bancos para a compra de bens específicos, como carros, equipamentos eletrônicos e imóveis (aí ele se torna o financiamento imobiliário).
Como mencionamos, quando a palavra “imobiliário” entra em jogo, aí os termos se tornam sim semelhantes, pois tanto o financiamento quanto o crédito imobiliário são linhas de empréstimos que servem para:
→ Leia também: 13 dúvidas mais comuns sobre financiamento imobiliário
Por fim, confira 5 passos que vão guiar a sua jornada de contratar um crédito imobiliário.
Escolha a região e o imóvel
Esse é o primeiro passo quando se está buscando um apartamento para comprar, não tem como pular essa etapa. Depois de pensar na região é hora de fazer uma busca minuciosa pelos imóveis em construção até encontrar aquele que melhor se encaixa nas suas necessidades e orçamento.
Se no seu caso o interesse pelo crédito imobiliário for para construir um imóvel do zero, basta seguir a etapa de pesquisar a região. E se for para reformar, desconsidere esta primeira fase.
Faça a simulação do crédito imobiliário
Após ter escolhido o seu apartamento e ter noção do valor necessário para solicitar o crédito imobiliário, recomendamos que procure instituições financeiras para fazer algumas simulações.
Essa etapa será importante para você comparar aquelas que vão te oferecer mais vantagens. Uma dica: boa parte dos bancos, incluindo a Caixa, possuem simuladores em seus sites, essa pode ser uma maneira mais simples de executar essa segunda etapa.
Entrega da documentação e análise
Após escolher a instituição é preciso reunir uma série de documentos para dar entrada na sua solicitação de crédito imobiliário.
Os documentos solicitados costumam ser: RG/CPF/CNH, comprovante de residência, comprovante de renda, comprovante do estado civil, extrato bancário, extrato do FGTS (para quem possui), dentre outros.
Com tudo isso em mãos, o banco fará a análise de crédito imobiliário. Eles vão verificar todas as informações e documentos fornecidos e se tudo estiver dentro dos critérios, o valor solicitado será liberado.
Assinatura do contrato
Após realizar a análise de crédito imobiliário, caso haja a aprovação, o banco te chamará para a assinatura do contrato oficialmente.
Dica: nesse momento é muito importante se atentar aos detalhes do contrato e verificar se as condições combinadas inicialmente, isso é, o valor das parcelas, prazo, taxa de juros etc estão corretas antes de assinar.
Liberação do crédito imobiliário
A última etapa do processo consiste na liberação do crédito imobiliário, que é quando o vendedor recebe o valor do empréstimo que você solicitou por parte da instituição financeira.
Cada banco possui seu prazo com relação a essa liberação, mas ele costuma variar de 5 a 10 dias, podendo chegar a até 30 dias dependendo do caso e das condições acordadas.
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Gostou do conteúdo? Agora você já sabe o que é o crédito imobiliário, para que serve e até conferiu um passo a passo de como fazer a solicitação.
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